Leve a vida leve e faça seu intestino voltar a funcionar corretamente.
Uma das principais queixas em uma consulta com o coloproctologista é ter dificuldades para evacuar. Frases como “meu intestino não funciona”, “tenho o intestino preso”, “sou muito ressecado/a” são muito frequentes.
O tripé para o bom funcionamento do intestino consiste em mantermos a ingestão de no mínimo 25 gramas de fibras vegetais por dia, sempre acompanhada de no mínimo 2 litros de água e atividade física.
Infelizmente cometemos muitos erros na nossa rotina alimentar, priorizando alimentos ricos em açúcares e gorduras, mas muito pobres em fibras vegetais.
A ausência das fibras faz com que as fezes fiquem secas, piorando o deslocamento pelo intestino até o reto. A baixa ingestão de água e a ausência de atividade física deixa o intestino mais lento, preguiçoso, contraindo menos e trazendo as mesmas alterações.
Geralmente observamos que idosos e mulheres são os mais afetados por este problema e acabam sendo grandes consumidores de laxantes, o que pode piorar muito o problema ao longo dos anos.
A constipação intestinal crônica é definida quando evacuamos menos que 3 vezes durante a semana, com presença de sintomas, como dor no momento da evacuação ou presença de fezes muito espessas e secas.
Paciente constipados ainda podem apresentar sintomas relacionados ao acúmulo de muitas fezes no intestino grosso, como: distensão abdominal, aumento dos gases e cólica abdominal. É muito comum ficarmos mais irritados também ou “enfezados”.
Se você possui situações e sintomas semelhantes que ocorrem há algum tempo, saiba que é importante entender o que está provocando a sua constipação e começar a tratá-la.
Ao descartar os hábitos ruins como responsáveis pela constipação, precisamos investigar outras causas importantes.
Há inúmeras doenças específicas ou não do intestino que justifiquem a constipação intestinal crônica ou que, pelo menos, alteram momentaneamente o ritmo intestinal.
Algumas medicações (que agem no nosso sistema nervoso central), como antidepressivos ou analgésicos opióides, podem deixar o intestino mais lento e provocarem um quadro transitório de constipação.
Alterações na flora bacteriana intestinal, que podem surgir por mudanças na nossa rotina, locais de convivência, viagens ou uso de medicações também justificam o intestino lento.
Problemas mais graves como o câncer no intestino ou no reto e até mesmo mudanças na anatomia destes órgãos precisamos pesquisar para entender cada caso.
Para cada um destes diagnósticos existem tratamentos que poderão exigir apenas algumas mudanças simples na rotina, ou de forma mais específica, uso de medicações ou realização de cirurgia.
Cirurgião Coloproctologista formado pela Santa Casa de SP e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
Sua ampla experiência em procedimentos intestinais por videolaparoscopia inclui cirurgias para o tratamento do câncer do intestino e reto.
Entre suas especialidades, destacam-se o cuidado com as alterações no ânus como hemorróidas, fístulas, fissuras e condilomas anais (HPV), além de problemas relacionados com o intestino, como os pólipos, a constipação, a diarréia e a incontinência.
