Acabe com o grande tabu ao redor desta doença e encontre tratamentos que devolvem a normalidade a vida.
Considerando todo o grande tabu existente ao redor desta doença, talvez este seja o tema mais importante para discutirmos sempre que possível.
Ao contrário do que achávamos no século passado, estudos de anatomia identificaram que todos nós nascemos com estruturas que chamamos de mamilos hemorroidários, ou simplesmente, hemorróidas.
Nelas temos pequenas artérias e veias, um tecido que une estas estruturas (que recebe o nome de tecido conectivo) e um músculo muito delicado que mantém estes mamilos fixos no topo do canal anal.
Nascemos geralmente com 3 hemorróidas, as quais nos ajudam a ter a percepção de qual a consistência do material que está descendo pelo reto e, assim, decidirmos se precisamos aumentar a contração dos músculos que controlam a abertura e fechamento do ânus e interromper a saída do conteúdo.
Ou seja, as hemorróidas são essenciais na continência fecal.
Ao longo da vida diversos fatores podem exercer maior esforço sobre os mamilos hemorroidários provocando a perda de sustentação destes no topo do canal anal.
E quais seriam estes fatores? O mais comum é o esforço evacuatório.
E por isso o primeiro passo é corrigir a constipação intestinal. Atividade física intensa, atividade profissional com muita carga, permanecer muitas horas sentado e hereditariedade são outros fatores importantes.
Com a descida dos mamilos hemorroidários os sintomas surgem e agora chamaremos de doença hemorroidária.
O sintoma mais comum é o sangramento vermelho vivo, que chamamos de hematoquezia, ocorrendo no momento das evacuações.
Com a evolução da doença e a exteriorização das hemorróidas pelo ânus outros sintomas podem incomodar, como: presença de sujidade no ânus, prurido e ardor (semelhante ao que sentimos com uma assadura).
A única forma para o correto diagnóstico da doença hemorroidária é uma consulta com seu coloproctologista.
O exame físico proctológico é primordial para a definição do diagnóstico.
Durante a consulta realizamos um exame chamado anuscopia, que consiste na passagem de um aparelho para avaliar de forma completa todo o canal anal.
Inicialmente algumas mudanças nos hábitos de higiene, como não utilizar o papel higiênico (vamos combinar que é prático, mas higiênico nunca foi).
Lavar o ânus com sabonete adequado após as evacuações, bem como diminuir a atividade física intensa e com carga e interromper o consumo de pimenta, são suficientes para a melhora dos sintomas na maioria dos pacientes.
Quando isto não ocorre e observamos prejuízo à qualidade de vida, aí devemos considerar o tratamento cirúrgico.
Inúmeras técnicas foram desenvolvidas para o tratamento cirúrgico das hemorróidas.
As cirurgias convencionais consistem basicamente em incisões no canal anal e retirada dos mamilos.
Ainda são as opções cirúrgicas mais realizadas no mundo, no entanto, trazem muita dor no pós-operatório e um tempo longo para a cicatrização das feridas.
As técnicas cirúrgicas mais recentes possuem a vantagem de proporcionarem uma recuperação com menos dor e mais rápida.
Podem ser realizadas com um grampeamento no canal anal, com uso de ultrassom doppler no intraoperatório e até mesmo com auxílio do laser, substituindo o bisturi elétrico convencional.
A desvantagem destas técnicas seria uma taxa de recidiva um pouco maior quando comparadas com as convencionais.
Para casos mais iniciais temos inclusive a possibilidade de realizar a ligadura elástica, que consiste na aplicação de elásticos para interromperem o fluxo de sangue nas hemorróidas.
Este procedimento pode ser realizado no consultório, sem sedação ou anestesia e sem necessidade de afastamento das atividades rotineiras.
Cirurgião Coloproctologista formado pela Santa Casa de SP e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
Sua ampla experiência em procedimentos intestinais por videolaparoscopia inclui cirurgias para o tratamento do câncer do intestino e reto.
Entre suas especialidades, destacam-se o cuidado com as alterações no ânus como hemorróidas, fístulas, fissuras e condilomas anais (HPV), além de problemas relacionados com o intestino, como os pólipos, a constipação, a diarréia e a incontinência.
Confira a opinião de alguns pacientes no principal site de indicação de médicos do Brasil.
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