Acabe com os “cortes” e o sangramento que transformam a evacuação em um processo desconfortável e doloroso.
Uma das principais causas de dor no ânus é habitualmente confundida com a doença hemorroidária, por apresentar sintomas semelhantes.
Porém, fissuras são sinônimos de “cortes” que surgem na borda anal, trazendo dor e sangramento.
Aparecem geralmente após um episódio de evacuação com fezes mais grossas ou muito secas, provocando trauma no ânus. Em cerca de 90% dos casos aparecem na região posterior.
Ao longo da vida estamos sujeitos a várias agressões em qualquer segmento do corpo, provocando escoriações ou cortes na pele e mucosas.
E observamos que felizmente estas lesões cicatrizam sem grandes dificuldades em até 7 dias.
No ânus é diferente e comumente evoluem para lesões crônicas, que não cicatrizam.
Vários são os motivos para que isto ocorra, o simples motivo de não conseguirmos repousar o anus, ou seja, estando machucado ou não o ânus ele continua em pleno funcionamento, já causa esta constante lesão.
A cada ato de evacuar, a ferida sofre uma nova agressão acompanhada do trauma durante a limpeza anal e ainda o contato com as fezes (material contaminado).
O primeiro passo é a confirmação diagnóstica realizada durante o exame físico proctológico. Nenhum exame adicional é necessário.
Os principais sintomas das fissuras anais são as dores durante os episódios de evacuação e o desconforto ao estimular a contração muscular do ânus.
Esta estimulação pode provocar a chamada hipertonia esfincteriana, que piora a dor e dificulta o relaxamento do anus na próxima evacuação, sendo assim, analise se a dificuldade tem aumentado com o passar das semanas.
Verifique também se a sensibilidade está aumentando, pois o aumento na contração muscular do ânus dificulta a chegada de sangue e, consequentemente, das células de cicatrização, prejudicando ainda mais a ferida.
Durante a primeira consulta é possível que não seja realizado a anuscopia, pois pode-se agravar a ferida e causar dores intensas.
A princípio, algumas alterações higieno-dietéticas serão essenciais para a tentativa de cicatrização, como o aumento da ingestão de fibras e água para facilitar a formação e propulsão das fezes.
Devemos evitar o uso do papel higiênico, priorizando a limpeza anal com água e sabonetes específicos.
O controle da dor também é importante para diminuir o estímulo de contração da musculatura anal.
Por fim, precisamos relaxar este músculo. Isto poderá ser realizado com o uso de pomadas específicas que agirão na musculatura ou até mesmo com aplicações de toxinas paralizantes e aguardamos até 8 a cicatrização da fissura.
Caso a mesma não ocorra, o tratamento cirúrgico estará indicado para a retirada da fissura e, em alguns casos, cortar parte da musculatura.
Os resultados costumam trazer alívio dos sintomas e diminuição na reincidência das fissuras.
Cirurgião Coloproctologista formado pela Santa Casa de SP e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
Sua ampla experiência em procedimentos intestinais por videolaparoscopia inclui cirurgias para o tratamento do câncer do intestino e reto.
Entre suas especialidades, destacam-se o cuidado com as alterações no ânus como hemorróidas, fístulas, fissuras e condilomas anais (HPV), além de problemas relacionados com o intestino, como os pólipos, a constipação, a diarréia e a incontinência.
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